Eduardo Santos
17 de março de 2025
Curiosidades
Criando seu próprio mundo
O Fim da Comparação e o Início da Felicidade
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Vivemos uma era em que tudo parece uma corrida. As redes sociais mostram vidas perfeitas, cheias de viagens, roupas de grife, jantares impecáveis e conquistas profissionais ininterruptas. Se todos estão enriquecendo no TikTok, viajando pelo Instagram e desfilando com os ícones da moda, então eu também preciso – ou, pelo menos, é o que a mente sugere. Mas há um problema nesse ciclo: ele nunca acaba. Sempre haverá uma nova tendência, uma nova marca a ser desejada, uma nova experiência a ser validada pelos outros. E, no meio dessa busca por pertencimento, é fácil esquecer de uma verdade essencial: não precisamos seguir o caminho de ninguém. Quando a comparação se torna o termômetro da felicidade, perdemos a chance de aproveitar o que realmente nos faz bem. Se pararmos para pensar, quantas das coisas que compramos ou buscamos são realmente para nós, e não para impressionar os outros?
A vida não precisa ser uma lista de metas ditadas por influenciadores ou uma maratona de consumo. Em vez disso, pode ser uma coleção de pequenas experiências que fazem sentido para você. Pode estar em algo tão simples quanto começar o dia com um café de uma cidade pitoresca, preparado sem pressa, em um ritual só seu. Ou na escolha de uma peça de roupa de uma marca pouco conhecida, mas cheia de charme, que traduz exatamente o que você gosta – não o que dizem que deveria gostar. Pode estar em reservar um tempo para si, longe da correria, para caminhar sem um destino, ler um livro esquecido na estante ou apenas ouvir sua música favorita sem distrações. Criar seu próprio mundo significa dar valor a momentos que não precisam de aprovação externa, mas que fazem seu dia mais leve, mais bonito e mais autêntico.


Quando paramos de buscar a felicidade no que é validado pelos outros, começamos a encontrar valor no que realmente importa. O verdadeiro luxo não é usar o perfume que todos compram, mas aquele que traduz sua essência, mesmo que poucas pessoas o reconheçam. O luxo não está na bolsa que virou febre, mas na peça que você descobriu por acaso em uma marca independente e que faz você se sentir incrível. O luxo pode ser uma refeição sem pressa em um restaurante charmoso, sem precisar postar fotos para provar que esteve ali, a não ser que seja para indicar o restaurante aos amigos. Criar um mundo próprio não significa se fechar para o que existe lá fora, mas sim filtrar o que faz sentido para você e deixar de lado o que é apenas ruído. Porque, no fim das contas, é muito mais prazeroso viver sua vida do que tentar imitar a dos outros.