Marcia santos
14 de abril de 2025
Notas
Aglaia Adorata
Refrescância adocicada, uma das notas do primeiro perfume da Parum.
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Poucas plantas carregam tanta delicadeza e potência ao mesmo tempo. A Aglaia odorata, também conhecida como murta-do-campo ou “planta perfumada chinesa”, é uma árvore de floração contínua, nativa de países como China, Camboja, Vietnã, Tailândia e outros do sudeste asiático. Com até 8 metros de altura e folhas não perenes, essa árvore se destaca pelas pequenas flores amarelo-creme, discretas na aparência, mas poderosas no aroma. Seu perfume, tão especial, a tornou popular como planta ornamental e também como matéria-prima para unguentos e chás que prometem fortalecer o corpo e energizar o espírito. Não à toa, essa fragrância tão singular chamou a atenção do time criativo da Parum.
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Logo no início da trajetória da Parum, a busca por um ingrediente raro, surpreendente e elegante levou a equipe ao absoluto de Aglaia. Seu aroma traz uma combinação curiosa e envolvente: lembra a erva mate, mas com um toque adocicado, quase como se a floresta tivesse acordado de um sonho suave. Esse frescor singular inspirou a criação do primeiro perfume da marca, que ainda hoje carrega esse segredo olfativo em sua fórmula. Para muitos, o cheiro é novidade. Para outros, é uma memória disfarçada que a Aglaia ajuda a revelar. Seu uso é raro na perfumaria, o que reforça o caráter autoral da Parum e sua escolha por caminhos pouco trilhados.
Além da perfumaria, a Aglaia odorata é tradicionalmente usada em infusões e bálsamos. No Oriente, acredita-se que ela reequilibra o espírito e purifica a energia ao redor — algo que ressoa com a proposta da Parum de criar experiências sensoriais que vão além do aroma. Ao incluir Aglaia em sua primeira criação, a marca ofereceu mais do que uma fragrância: ofereceu um convite ao ritual. Um gesto de cuidado que começa com o toque da pele e se estende ao estado de espírito. A escolha dessa planta representa bem o propósito da Parum: unir natureza, história, memória e arte num só frasco. A Aglaia continua ali, silenciosa e poderosa, como toda boa raiz.